domingo, 18 de dezembro de 2011

Tempos e Temporais

O que acontece, geralmente não precisa de lógica para acontecer. O tempo, por exemplo... chove, ensolara, cai folha. Neva. O Tempo... passa, se esvai e se esquece. O Tempo é o amor, é a coberta, é o abstrato. O Tempo faz tanta falta...
Quando eu era criança, morava em uma casa que tinha um riacho no quintal. A maioria dos meus amigos tinham piscina, mas eu não ligava: afinal, eu tinha um riacho no meu quintal. Ele vivia escorrendo, correndo... como o Tempo: se renovando a cada milésimo de segundo, ou o que pode ser convencionado como tal.
Quando chovia e havia todos aqueles temporais... a água do riacho, ficava  turva. Bem turva na verdade. Quanta coisa acontecia em meus neurônios naqueles momentos  lúdicos, em que eu podia ver o mistério da beleza natural acontecer.
Não sei... mas agora, depois de adulta, todas as vezes que vejo chuva, me lembro daquela casa, da relva, da cabana, dos boizinhos do meu avô, da minha avó fazendo bobó de abóbora. E do riacho. Ah! o riacho... como ele dançava quando todas aquelas gotículas de água caíam sobre ele. E eu não precisava de mais nada: aquilo era a minha salvação.
Chove agora. Mas aqui eu não tenho um riacho no meu quintal. Nem piscina. Nem a cabana dos meus avós. Nem meus avós. Nem minha mãe.
Eu até tenho um rio,. Fica próximo... mas não é no meu quintal. Então, acho que não posso dizer que é meu.
Falando nisso... a gente sempre acha que tem um monte de coisa, e fica se iludindo o tempo todo, tentando acreditar que realmente é dono daquilo. Não somos: somos como as gotículas de chuva, que caem na imensidão do rio da Vida.
E que se esvai.
Um tempo bom se foi. Agora começou outro Tempo, que como a chuva, sei que uma hora vai acabar. Creio que vou sentir falta do tempo de temperaturas amenas, das noites alucinógenas de risos, de estudar com bruxos e bruxas, e de visitar todos os dias, o espetáculo maravilhoso que se pode observar de cima de um dos prédios mais famosos do mundo, que fica acima do rio, e um pouco ao lado do meu lar.
Os minutos para mim, são letras, que se formam em palavras com o intuito de se transformar um texto e alcançar o seu fim. Aliás, o tempo é um texto. Nós vamos construindo uma história qualquer, que nós podemos intervir muitas vezes em um bom final. Ou não.
Meu tempo aqui, está se acabando e a única coisa que resta é ficar  olhando a chuva, lembrar da minha infância que tão boa foi, construir meu tempo em histórias como esta, e olhar para  a bagunça do meu quarto, e; ainda assim... conseguir sorrir.
Talvez, você caro leitor, não tenha entendido o que eu quis dizer com todas essas palavras esdrúxulas. No entanto, para mim isso faz pleno sentido. Acho que é algo que muita gente passa quando tenta explicar e acaba ficando como eu: sem saber como falar ao certo o que sente de verdade.
Tenho que dormir, porque dormir, ajuda a esquecer e não sentir toda a tristeza que gotas de água podem causar ao encontrar com um rio. O tempo e seus temporais. Uma hora passa e o sol irradiando seu mais puro e genuíno calor, aparece, reaparece.
Aquece.
Enquanto escrevo, claro... O tempo se esvai. Passou tão rápido!Tudo o que tenho agora, são: livros, café, fumaça.
E muita saudade de casa.
Do riacho.
E daquela chuva...

Coimbra, Portugal 19 de dezembro de 2011, 01:36 a.m.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Chance

A gente sempre se dá uma chance. Toda hora.
O problema, é saber se as Chances, se deixam dar chances para nós. O tal do olhar... coisa que diz muito isso. Obrigada por me flertar nesse exato momento. Você acaba de mudar totalmente minha linha de raciocínio.
Traje a rigor, de tom azul. Suéter, penso eu. Óculos, daqueles aviador, sabe? Sim. Um estranho. Um estranho acaba de me desconcentrar...
Onde eu parei? Pois bem: era sobre as chances. A Chance pode estar, no banco ao seu lado dentro do ônibus, no elevador, no metrô, na ponte, na sua sala de aula, e até dentro da sala de internet comunitária da sua faculdade.
As Chances são estranhas. E dicotômicamente, elas nunca se deixam assim: fáceis demais. Elas acontecem, em qualquer minuto, de qualquer forma e em qualquer lugar. E demoram muito tempo para te convencer, se elas realmente valem a pena. A chance de um beijo acontecer agora por exemplo, deixa de ter significado de chance e passa a significar possibilidade. Como o fluído da água que escorre pelo o abismo constituído por pedras, as chances se esvaiem. E como baldes de água fria, elas podem acabar em um segundo com as esperanças de algo corriqueiramente trivial, vir a dar certo. Chance, é aquilo que designamos estar fora do nosso alcance. É o fato de eu escrever coisas sem sentido, e ainda assim ter chance de que alguém leia e venha a gostar.
Chance, é o que estou a me dar agora. E novamente. E sempre.
E você, pode se dar a chance de... me beijar, agora.
Se quiser.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Não se apaixone por Vampiros

Foi o melhor sangue que provei. Na verdade, Ele surgiu de repente. Eu havia sentido que alguém estava a me olhar, há algum tempo durante aquela noite, mas nem dei muita atenção.
Eu sempre tive medo de vampiros.
E nunca pensei que fosse me apaixonar por um. E nem que algum deles, iria me oferecer um pouco daquele cálice delicioso, de cor avermelhada de sabor misticamente magnífico e misturado com um pouco de perdição.
E depois estávamos lá: olhando para o teto e criando figuras imaginárias com a sombra da lâmpada no lustre. No teto do quarto.
Rimos.
E rimos.
E nos beijamos. Diversas vezes.
Você não pode beijar uma pessoa mais de uma vez. Corre um grande risco de querer beijá-la mais vezes. E mais... e mais... E daí... o Envolvimento (com 'E' maiúsculo). E músicas, e mais risadas e conversas triviais que te fazem falta, um minuto depois.
- Quem você desejaria ser, se pudesse escolher?
- Eu mesmo. Por quê?
E daí, ele me olhou. Deu aquele meio sorriso. E mudou de assunto.
Existem bilhões de tantas e outras pessoas por aí afora. E você conhece centenas. E só um não te sai do pensamento. Eu fico devaneando pensando nas garras daquele Vampiro. E seus dentes afiadíssimos a dar pequenas mordidas em meu pescoço, e ferindo meu Coração.
E daí, eu acordei. Olhei ao redor. Visão meio turva, dores horrendas em meus ouvidos. Olho pela janela: nuvens. Muitas delas. Uma lua bem bonita... branquinha. A pressão me incomodava um pouco. Odeio passeios de aviões. Olho no relógio: já havia sete horas que estava sobrevoando o Atlântico. Abro minha bolsa e tiro uma blusa de frio. Um pouco do cheiro Zaadíaco do Vampiro. Tento fechar os meus olhos como se isso, fosse de alguma forma, acentuar toda a falta que eu estava a sentir naquele momento. Não melhora.
Trinta e três dias passam. Tomo, ás vezes, um pouco daquele cálice que ele me oferecera naquela noite. Mas não adianta. O efeito não é igual e, por onde eu ando, faltam vampiros tão sádicos, sedutores e Sartoris como o que eu conheci.
Me faz falta. Uma falta horrenda. E... eu nem sei dizer o 'Por quê'.
Só sei dizer, que tive dores de cabeça após cada cálice de sangue que tomei enquanto estava com ele. E; ainda assim, tento, todos os dias de minha vida, relembrar qual era o sabor daquele drink. Se me recordo bem, acho que tinha um teor amargo de puro Amor idealizado por um Vampiro, que já não tinha tanto medo de claridade assim.
Acho que a auto-flagelação, ainda vai levar um tempo para terminar.

Coimbra - Portugal, 20-10-2011 01:07 a.m.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Kiss me

O sonho da maioria das garotas, é beijar o tal do príncipe encantado. Desista, meu bem. No mínimo você consegue um sapo para beijar. Daqueles de gosto bem amargo. Sabe? Pois é. Quando eu tinha uns quinze anos, acreditava fielmente que iria encontrar o herdeiro do dono do 'Reino Encantado'. Para garotas que assistem Disney demais, isto é nitidamente possível. Sim... eu assistia Disney demais.
O bom da experiência, é que você aprende com ela. Vai ver por isto, se chama experiência. Do latim: 'experientia', ato de provar, experimentar, conhecer e arcar com as consequências do desconhecido, sejam elas boas ou ruins. Não vou dizer que é totalmente ruim, o ato de você desejar, almejar, ansiar... vorazmente por algo que está, inicialmente, ao seu alcance. Mas que é ruim saber que o fato de você não poder 'kissAR' alguém que você quer, ah! isso é. Mas você acaba descobrindo, que talvez beijar aquela pessoa não vai te trazer a felicidade plena, tão plena assim. Acredite: dá para beijar uma laranja e ser mais feliz, do que beijar o verme que está dentro dela. Sem dúvida alguma, e eis a voz da experiência, ele vai te fazer muito mal. Vermes não pensam. Nada de raciocínio lógico - apesar da maioria deles afirmarem com convicção de que são bons em muitas coisas- nada de preocupação, nada de 'Pequenos Príncipes', na verdade, eles nem acreditam nessas coisas, e a meu ver, eles estão bem certos. Afinal, são Vermes. Eles só pensam em destruir, e ficar dentro da laranja: como parasitas. Sim!!! Como sabem ter comportamento de parasitas. É... não é para menos: são Vermes.
Mas voltando à ideia do beijo... O beijo é a maior significação de que você, e a outra pessoa, estão inteiramente insanas. Porque é o beijo, a porta de entrada para a perdição. Pena que todos os dias, o ato de kiss, cai sempre no vazio. Sim, eu te kiss muito, mais do que você pudera imaginar, mas não kiss mais. Não quero. E não vou querer. Eu parei de ver Disney, e; ao invés disso, eu vejo pobreza de sentimentos em todos os ambientes onde vou, apesar destes estarem cheios de pessoas que se dizem ricas: ricas de intelecto, de afeto, de amor. Me sinto inteira e assustadoramente sozinha, em meio à esta multidão. E o que é mais incrível, é saber que cada laranja que treino meus beijos, sempre encontro Vermes.
Cheio de pretensões baratas.
Mas, nenhum desses Vermes - e eu tenho certeza - me kiss como você. Porque você, foi um Vermezinho diferente. Estragou a laranja: por fora, por dentro. O sumo dela, como qualquer material biodegradável, estragou... e cheira. Cheira bastante. Um cheiro fétido de chorume, apodrecido, enegrecido no gosto amargo de um beijo, dado por mais um sapo qualquer travestido de príncipe.
Eu te kiss, e eu sei: você kiss me também. E agora... não mais.
Assim.


Coimbra, Portugal - 17 de outubro de 2011, 22:55 hrs.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

21

Dois se tornam um.

Não é segredo pra ninguém que estamos no ano de 2011. Como o 0 é nulo, podemos dizer, então, que de certa forma, o nosso ano também é 21, isto, claro, se subtrairmos o último 1. No entanto, se somarmos os dois últimos ‘1’s, temos um ‘2’, que forma um ‘22’, que é o número geralmente utilizado para ilustrar duas coisas: dois patos na lagoa, dois olhos, duas mãos...
 Eu e você.
 E veja: estamos no século 21, do dia 21, de um ano com um 21, da pessoa que mora no 21 e que faz 21 anos. Uff! São muitos ‘vinte e uns’...
São 02:01 da manhã... juro que por um acaso, ao tentar escrever algo que me fugia da memória, olhei para o rodapé da tela do computador, e vi o relógio marcar esta hora. Zeros, são nulos. Assim... também temos aí um 21!!!
Isto é estupendamente insano. Ficar vendo ‘21’s em tudo...
Sabe o que é interessante pensar? Suponhamos que eu sou o ‘2’ e você o ‘1’. E que o ‘2’ se parece muito com um cisne. O cisne, depois de um tempo, quer voar e o ‘1’ não, pois é apenas um número, não se parece com nada: é usado universalmente, apenas para a designação da peculiaridade do que é ser único. Por isso, ele fica paradinho, ilustrando qual a sensação de não poder, pelo menos, alçar um vôo solo. Ilustrando, qual a sensação de sentir, o que é ser e estar assim... sempre tão sozinho. Uma vez que não tem asas. Uma vez, que é só mais um número. Um número, apenas.
O número um, de praxe, tem todo o direito de se achar único, mas geralmente ele faz isso, porque tem medo que outro número roube a identidade da sensação do que é ser ‘O único’. O dois não: ele sempre quer algo que o complete. Nunca está satisfeito sozinho. Assim, eu posso te afirmar que... apesar do 21 ser um número só, ele está dividido em dois e que o dois, não combina com o um, porque o um quer ficar lá... e o dois quer ficar cá. O Um, é muito individualista. O Dois, quer sempre compartilhar. O Dois, sempre pensa em mais um, para que sua plenitude esteja completa. O Um, já se conforma e é muito feliz apenas consigo mesmo...Compreende?
O engraçado, é que você pode ser o Dois. Pode ser o Um. E pode ser o 21. Aliás... muitas pessoas, a maioria delas! Se ajeitam muito bem como um ‘21’: apesar de serem únicas, querem ser mais do que um. E sempre acabam em mais que isso. Assim... tão mais.


Coimbra, Portugal – 02:21 do dia 21.09.2011.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Agora

‎Já me disseram diversas vezes que contos de fadas não existem. Realmente, se pensarmos de uma forma convencionada. A verdade, é que um conto de fadas, pode ser qualquer coisa... pode ser duas cocas em um suporte de papelão, alguns hambúrgueres e uma boa companhia. Pode ser aquelas lágrimas que rolam pelo rosto de uma amiga, quando esta te vê chorar. Pode ser tudo o que você considera Tudo. Pode ser uma música... uma carta. Um abraço...
E um beijo na testa.
Finalmente, eu descobri meu contos de fadas. E compartilhei dele diversas vezes, de váriadas formas, com distintas pessoas.
Uma única vez.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Turn Off

Não havia nada mais dicotômico do quê aquilo. Não dava para entender. Não sei se era o vinho, se era ele, ou se ele não era nada e o vinho fizera eu ter alucinações. Não estava certo. Aliás, estava tudo muito errado: em todos os lugares. Minha visão estava turva; realidade e sonho se confundiam... e o cheiro... aquele cheiro! Entrava por minha respiração como chama em brasa; ardendo, queimando e matando tudo o que pudera haver de bom em meu coração.
Um amigo, uma vez me dissera: 'não adianta você ser a garota mais inteligente, mais legal, mais bonita... sempre vai ter um turn off nisso tudo.' Sabe... creio que ele estava substancialmente certo. Não havia dúvidas, que eu, mesmo em sã consciência, era como se ainda estivesse com o suco de uva etanolizado em meu sangue.
Eu precisava libertar meus demônios. E a forma de exorcizá-los, era escrevendo: minha única saída.
O modo como ocorrera e todas as confidências, risadas, brigas... tudo parte de uma idealização, convenção, ilusão...Não consigo escrever e, isto significa que os demônios dentro de mim ainda sobrevivem e alimentam uma esperança que nunca será saciada. Engraçado que falta pouco pra tudo mudar, para eu perceber que tudo isso não passou de perda de tempo. Como estas palavras, minha vida está cheia de um vazio. Um vazio que, incrivelmente, eu não quero preencher.
No fim, a gente tenta dormir para ver se passa, tem até gente que diz que tudo passa e que melhor passa quando a gente dorme. Talvez seja por isso que quando cansamos muito de todas as coisas, pessoas e dessa vidinha capitalista-fordista de todos os dias, resolvemos dormir e não mais acordar. (Que é a tal da morte).
Agora faz sentido! Aliás... tudo está cheio de sentido: até estas meras e confusas palavras sem nexo que agora escrevo. Vou tomar um suco de uva, acender um cigarro e dar um turn off em tudo isso que só me faz ser nada mais, nada menos, do que um grande espaço: cheio de vazio.




Brasil, 15:21, 07-09-2011, Sanca City.

domingo, 21 de agosto de 2011

Eles

Você acredita em amor à primeira vista? Se a resposta for: 'não', nem continue a ler este texto. Amores à primeira vista, acontecem. Assim como amizades súbitas, também. Amigos, independente da forma como se tornam nossos amigos, são como inspiração: aparecem de repente, marcam com sua peculiar forma, e apesar de acabarem, ou sumirem; por aquele tempo que durou; sempre vão marcar de um jeito único e tornar-se, sem dúvida, uma marca inesquecível em nossas vidas.
O ser humano, é por natureza um ser egoísta: não se contenta em perder as coisas às quais se apega muito facilmente. Quando as pessoas que mais amamos partem, nos deixam de alguma forma ou morrrem, sempre sofremos, apesar de a perda ser algo naturalmente inserido em nosso cotidiano. Perdemos tudo, a toda hora: tempo, sensações, lugares, pessoas. Até o cara estranho que passou do meu lado, e que eu nem sequer notei-lhe a presença, eu perdi e, sem dúvida, por alguma vertente desconhecida do que se conhece por 'destino', ele mudou minha vida.
Todos mudam nossa vida.
O tempo todo.
Engraçado pensar, que no meu caso, cada pessoa além de se tornar uma inspiração, torna-se também uma palavra, que para outros escritores ou leitores leigos, não passa de uma mera palavra, apenas . É que quando eu cativo e sou cativada, a coisa muda... e um simples signo linguístico: 'substancial', quando relacionado ao que aprecio, torna-se crucialmente de suma importância, ao vincular-se com aquilo que convenciono como uma pessoa única para mim.
Cada amigo, é uma palavra. E cada palavra, quando unida a outra palavra, torna-se um texto. O texto é minha vida, logo... todos os meus amigos são primordialmente essenciais para a minha existência. Claro que Amigos, são bem mais que substantivos ou silogismos singelos como este, e são bem mais do que idas e vindas. Uma amiga, em especial, me pediu há um tempo, para que eu escrevesse algo para ela. Talvez porque o modo como eu escrevo, reflete muito o que sou. Sendo assim, muito provavelmente, ela lembrará de mim, quando ler estas linhas e eu estiver longe. Acontece, que quando eu escrevo, sempre estou longe. Conclui-se então, que: sempre que reler este texto, eu estarei perto... e ela sempre vai lembrar de todas as coisas que passamos juntas.
A memória é algo singularmente incrível. Talvez, ela também inexista. É mais algo criado pelo o ser humano. Mas... tudo então, não é mesmo criado? Até os amigos são criados. Os criamos como queremos, apesar deles terem uma série de falhas e que, mesmo assim, moldamos como relevantes e os aceitamos como são. Amigos são um emaranhado de idéias, que quando não estão dispostos de maneira correta em nossas vidas, podem embaralhar muito os nossos sentimentos. Amigos podem ser amigos, podem ser estranhos, podem ser amores.
E, ainda assim, sempre serão meus amigos.
Meus amores.
Meus amigos.

À todos os estranhos, aos muito íntimos, aos substanciais
Amigos meus.
Com amor.

Araraquara, São Paulo - Brasil
21 de agosto de 2011, 12:20 hrs

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Onde quer que eu vá


uma dor lancinante,
que fere, machuca, dói
toda vez que refere
à ferida que mói
o moinho de um ninho
...achado em niterói.

dores assim, não passam
aliviam
o que quer que façam... não importa
porque a aorta
faz...
tum, tum, tum, tum...
E eu vou mesmo
a esmo. ..
TE AMAR.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

whatever.

 /* Este é um comentário de apresentação
que vai introduzir o poema 'whatever'*/
//whatever em blogspot.
//Arquivo LEIA.blogspot.

Public class LEIA{
public static void main (string[]args) {
System.out.println("whatever");
}
}



A minha única intenção agora
é jogar para fora
o que está dentro e após isso acolher
 o que foi jogado de uma maneira melhor.

Quanto tempo já faz,
mal vi ele passar,
parece que você só foi ali
e eu fiquei esperando
para te reencontrar.

Os sonhos continuam
me levando para todo lugar,
o lugar sempre muda
o que não muda são as pessoas
com quem sempre pareço estar.

Mas de repente percebo
que talvez isso não exista mais,
então me vejo perdido,
sonhando escondido,
procurando um amigo,
algum lugar para desabafar.

O pior é que nem isso consigo,
Não sei se te espero,
ou continuo seguindo,
olho pra trás,
me perdendo do caminho,
me sentindo incapaz de continuar.

O que sinto pode não ser real,
o caminho mais fácil
pode não ser o bastante,
minha mente não acha que o meu coração diz
algo muito interessante,
o que eu deveria provar?

Vejo que posso conhecer mais gente,
mas não sei se é possível e talvez nem queira
alguém que substitua,
somente continuar.
Fugir das regras, seguir livre
aprendendo, à cada passo,
como caminhar.

/texto original, postado por um graduando em Ciência da Computação, na USP - São Carlos/

[Rafael Sartori, São Carlos - SP - Brasil 21:24 hrs]

Sauto. ..

Sauto de tudo quanto é jeito
Algum trejeito...
e eu não sei porquê...
algo me tortura,
uma dor com doçura;

que me lembra você.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Quando o amor resolve aparecer - Martínz

[...] "Em momentos como aquele, Clara parecia gostar de retirar de sua bolsa uma caneta, um papel, e escrever. As palavras, mais que muitos dos seus amigos, tinham o poder incrível de entendê-la, de lhe aconselhar e a fazer se sentir uma garota menos estúpida, fútil e sozinha. Era o que ela pensava ser, na maior parte do tempo, quando ao olhar para Guga, percebia que ele estava ali. No entanto, mais distante dela, do que plutão do sol.
Eles haviam se conhecido, quando ainda gostavam de assistir desenhos, e acreditavam fielmente que a vida, um dia seria daquele jeito. Ao longo dos anos, muitas emoções foram vividas, algumas somente por Clara e outras, por ambos respectivamente. A ida ao exterior no ano que passara, fora o ápice de uma prova que Clara necessitaria para si pelos próximos meses. Ela sabia o que ele sabia, e os dois não se davam conta do quanto tinham em comum. Ela o idealizava, quando criança. O idolatrava, como Peri à Cecília, quando adolescente. E agora, em sua segunda década de vida, tinha certeza: o amava, como nunca pudera amar a nenhum outro.
Tudo ocorrera de uma forma súbita, intensa e; sem dúvida; inesquecível. Eles se completavam, ela sabia. O que precisava ser feito, era Guga como homem, ter a capacidade de poder; um dia quem sabe; se dar conta disso. " [...]

domingo, 5 de junho de 2011

Rosas

Eu já passei daquela época, em que acreditar em um príncipe encantado,montado em um cavalo branco, poderia tornar-se realmente verdade um dia. Já foram muitas as experiências, e confesso; que hoje eu acordei, com uma vontade imensa de voltar a dormir. E não acordar nunca mais.
É aquela coisa, sabe? Do impossível, que a gente sempre acredita ser possível e; no fim, como em um filme sem final feliz, volta a ser uma utopia novamente. O que eu sonho viver, eu tenho certeza, talvez nunca saia de páginas abstratas de um blog como este.
Como ser humano, eu quero muitas coisas. Como mulher, eu almejo pequenas coisas, e como menina, eu só quero ter o direito de desejar. É típico de Camões, que o amor esteja vinculado ao desejo. Mas nem todo garoto é Camões, e nem todo garoto tem a capacidade de, ao menos, saber ser um milésimo do que está expresso na sublime poesia camoniana.
Uma pena, grande pena. E é tão raro sentir as pernas tremerem. Todavia, quando sentimos, é pela pessoa errada.


Odeio rosas, o que, dicotômicamente, uma mulher iludida, pode adorar.
Ponto.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quando as pernas tremem

     
Eu tenho senso de humor sim. Também sou sensível, sou ser humano, sou mulher. Talvez eu não seja o que você almeja, mas posso alcançar e fazer coisas que fogem muito das suas expectativas. Sou doce, porém de uma forma peculiarmente dicotômica; posso ser amarga, quando me convir. Gosto do utópico da leitura, e o maravilhoso da realidade me fascina. Aprecio a linguagem. Todavia, não me venha com verborragias sobre o ser: você náo é Shakespeare.

No começo, tudo são fogos de artifício, talvez porque o começo sempre comece de um jeito artificial. A plasticidade do momento é ínfima, porque o que é máscara, logo cai. E com ela, o tiroteio toma o seu lugar. Tudo convencionado, planejado,
almejado. De antemão.




O engraçado de quando a gente vive tudo isso, é que as coisas começam a se embaralhar. Ficam meio turvas, incompreensíveis. Lexotan. Alguém me disse uma vez: 'Eros faz o pensamento revirar'. E olha que eu nem precisei muito para chegar à tal ponto. Foram necessários o uso de apenas três sentidos: o olfato, o
tato. O paladar. E Pronto


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Há algum tempo que não escrevo. A falta de tempo, talvez seja uma das principais causas disto. Escrever, me causa uma sensação orgástica inefável. Gosto de escrever, mas ultimamente ando com tantas coisas na mente, que como agora, não consigo encontrar palavras divertidas e criativas para fazer nascer uma nova crônica.
Então, antes que redija algo de importância nenhuma, termino assim.

Boa noite.