terça-feira, 7 de junho de 2011

Quando o amor resolve aparecer - Martínz

[...] "Em momentos como aquele, Clara parecia gostar de retirar de sua bolsa uma caneta, um papel, e escrever. As palavras, mais que muitos dos seus amigos, tinham o poder incrível de entendê-la, de lhe aconselhar e a fazer se sentir uma garota menos estúpida, fútil e sozinha. Era o que ela pensava ser, na maior parte do tempo, quando ao olhar para Guga, percebia que ele estava ali. No entanto, mais distante dela, do que plutão do sol.
Eles haviam se conhecido, quando ainda gostavam de assistir desenhos, e acreditavam fielmente que a vida, um dia seria daquele jeito. Ao longo dos anos, muitas emoções foram vividas, algumas somente por Clara e outras, por ambos respectivamente. A ida ao exterior no ano que passara, fora o ápice de uma prova que Clara necessitaria para si pelos próximos meses. Ela sabia o que ele sabia, e os dois não se davam conta do quanto tinham em comum. Ela o idealizava, quando criança. O idolatrava, como Peri à Cecília, quando adolescente. E agora, em sua segunda década de vida, tinha certeza: o amava, como nunca pudera amar a nenhum outro.
Tudo ocorrera de uma forma súbita, intensa e; sem dúvida; inesquecível. Eles se completavam, ela sabia. O que precisava ser feito, era Guga como homem, ter a capacidade de poder; um dia quem sabe; se dar conta disso. " [...]

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