terça-feira, 7 de junho de 2011

Quando o amor resolve aparecer - Martínz

[...] "Em momentos como aquele, Clara parecia gostar de retirar de sua bolsa uma caneta, um papel, e escrever. As palavras, mais que muitos dos seus amigos, tinham o poder incrível de entendê-la, de lhe aconselhar e a fazer se sentir uma garota menos estúpida, fútil e sozinha. Era o que ela pensava ser, na maior parte do tempo, quando ao olhar para Guga, percebia que ele estava ali. No entanto, mais distante dela, do que plutão do sol.
Eles haviam se conhecido, quando ainda gostavam de assistir desenhos, e acreditavam fielmente que a vida, um dia seria daquele jeito. Ao longo dos anos, muitas emoções foram vividas, algumas somente por Clara e outras, por ambos respectivamente. A ida ao exterior no ano que passara, fora o ápice de uma prova que Clara necessitaria para si pelos próximos meses. Ela sabia o que ele sabia, e os dois não se davam conta do quanto tinham em comum. Ela o idealizava, quando criança. O idolatrava, como Peri à Cecília, quando adolescente. E agora, em sua segunda década de vida, tinha certeza: o amava, como nunca pudera amar a nenhum outro.
Tudo ocorrera de uma forma súbita, intensa e; sem dúvida; inesquecível. Eles se completavam, ela sabia. O que precisava ser feito, era Guga como homem, ter a capacidade de poder; um dia quem sabe; se dar conta disso. " [...]

domingo, 5 de junho de 2011

Rosas

Eu já passei daquela época, em que acreditar em um príncipe encantado,montado em um cavalo branco, poderia tornar-se realmente verdade um dia. Já foram muitas as experiências, e confesso; que hoje eu acordei, com uma vontade imensa de voltar a dormir. E não acordar nunca mais.
É aquela coisa, sabe? Do impossível, que a gente sempre acredita ser possível e; no fim, como em um filme sem final feliz, volta a ser uma utopia novamente. O que eu sonho viver, eu tenho certeza, talvez nunca saia de páginas abstratas de um blog como este.
Como ser humano, eu quero muitas coisas. Como mulher, eu almejo pequenas coisas, e como menina, eu só quero ter o direito de desejar. É típico de Camões, que o amor esteja vinculado ao desejo. Mas nem todo garoto é Camões, e nem todo garoto tem a capacidade de, ao menos, saber ser um milésimo do que está expresso na sublime poesia camoniana.
Uma pena, grande pena. E é tão raro sentir as pernas tremerem. Todavia, quando sentimos, é pela pessoa errada.


Odeio rosas, o que, dicotômicamente, uma mulher iludida, pode adorar.
Ponto.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quando as pernas tremem

     
Eu tenho senso de humor sim. Também sou sensível, sou ser humano, sou mulher. Talvez eu não seja o que você almeja, mas posso alcançar e fazer coisas que fogem muito das suas expectativas. Sou doce, porém de uma forma peculiarmente dicotômica; posso ser amarga, quando me convir. Gosto do utópico da leitura, e o maravilhoso da realidade me fascina. Aprecio a linguagem. Todavia, não me venha com verborragias sobre o ser: você náo é Shakespeare.

No começo, tudo são fogos de artifício, talvez porque o começo sempre comece de um jeito artificial. A plasticidade do momento é ínfima, porque o que é máscara, logo cai. E com ela, o tiroteio toma o seu lugar. Tudo convencionado, planejado,
almejado. De antemão.




O engraçado de quando a gente vive tudo isso, é que as coisas começam a se embaralhar. Ficam meio turvas, incompreensíveis. Lexotan. Alguém me disse uma vez: 'Eros faz o pensamento revirar'. E olha que eu nem precisei muito para chegar à tal ponto. Foram necessários o uso de apenas três sentidos: o olfato, o
tato. O paladar. E Pronto