quarta-feira, 21 de setembro de 2011

21

Dois se tornam um.

Não é segredo pra ninguém que estamos no ano de 2011. Como o 0 é nulo, podemos dizer, então, que de certa forma, o nosso ano também é 21, isto, claro, se subtrairmos o último 1. No entanto, se somarmos os dois últimos ‘1’s, temos um ‘2’, que forma um ‘22’, que é o número geralmente utilizado para ilustrar duas coisas: dois patos na lagoa, dois olhos, duas mãos...
 Eu e você.
 E veja: estamos no século 21, do dia 21, de um ano com um 21, da pessoa que mora no 21 e que faz 21 anos. Uff! São muitos ‘vinte e uns’...
São 02:01 da manhã... juro que por um acaso, ao tentar escrever algo que me fugia da memória, olhei para o rodapé da tela do computador, e vi o relógio marcar esta hora. Zeros, são nulos. Assim... também temos aí um 21!!!
Isto é estupendamente insano. Ficar vendo ‘21’s em tudo...
Sabe o que é interessante pensar? Suponhamos que eu sou o ‘2’ e você o ‘1’. E que o ‘2’ se parece muito com um cisne. O cisne, depois de um tempo, quer voar e o ‘1’ não, pois é apenas um número, não se parece com nada: é usado universalmente, apenas para a designação da peculiaridade do que é ser único. Por isso, ele fica paradinho, ilustrando qual a sensação de não poder, pelo menos, alçar um vôo solo. Ilustrando, qual a sensação de sentir, o que é ser e estar assim... sempre tão sozinho. Uma vez que não tem asas. Uma vez, que é só mais um número. Um número, apenas.
O número um, de praxe, tem todo o direito de se achar único, mas geralmente ele faz isso, porque tem medo que outro número roube a identidade da sensação do que é ser ‘O único’. O dois não: ele sempre quer algo que o complete. Nunca está satisfeito sozinho. Assim, eu posso te afirmar que... apesar do 21 ser um número só, ele está dividido em dois e que o dois, não combina com o um, porque o um quer ficar lá... e o dois quer ficar cá. O Um, é muito individualista. O Dois, quer sempre compartilhar. O Dois, sempre pensa em mais um, para que sua plenitude esteja completa. O Um, já se conforma e é muito feliz apenas consigo mesmo...Compreende?
O engraçado, é que você pode ser o Dois. Pode ser o Um. E pode ser o 21. Aliás... muitas pessoas, a maioria delas! Se ajeitam muito bem como um ‘21’: apesar de serem únicas, querem ser mais do que um. E sempre acabam em mais que isso. Assim... tão mais.


Coimbra, Portugal – 02:21 do dia 21.09.2011.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Agora

‎Já me disseram diversas vezes que contos de fadas não existem. Realmente, se pensarmos de uma forma convencionada. A verdade, é que um conto de fadas, pode ser qualquer coisa... pode ser duas cocas em um suporte de papelão, alguns hambúrgueres e uma boa companhia. Pode ser aquelas lágrimas que rolam pelo rosto de uma amiga, quando esta te vê chorar. Pode ser tudo o que você considera Tudo. Pode ser uma música... uma carta. Um abraço...
E um beijo na testa.
Finalmente, eu descobri meu contos de fadas. E compartilhei dele diversas vezes, de váriadas formas, com distintas pessoas.
Uma única vez.